Apocalipse, por Cláudio Carvalho
Imagine essa cena. Por exemplo, a igreja que ficava na cidade de Filadélfia. Ela recebe um pergaminho de João, o apóstolo e pastor das igrejas daquela região. Uma carta que sai de uma ilha de prisioneiros chega endereçada à igreja.
E o que o texto da carta diz bem no início? Feliz o que lê, felizes os que ouvem. Há uma pessoa que lê (singular), e há outras pessoas que ouvem (plural). Nos dias do primeiro século, ler era uma habilidade para poucos e saber escrever poderia ser até uma profissão. Por isso, quando a carta chegou àquelas igrejas, uma pessoa se colocou à frente para ler, mas a maior parte das pessoas simplesmente ouviu.
No final, todos foram enriquecidos na sua interioridade, bem-aventurados!
Portanto, o Apocalipse não foi escrito “para algumas pessoas especiais”, mas para todos, inclusive para a grande maioria daqueles orientais que nem mesmo sabiam ler.
E é também para nós, hoje? Sim, o Apocalipse é também para nós, hoje, assim como foi para a igreja em todos os tempos passados.